Cidadania: O homem por trás do negócio do “passaporte dourado” | Capital+

O programa de cidadania maltesa por investimento foi declarado inválido
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por Laura Dubois e Josh Spero
7 minutosUma decisão do Tribunal de Justiça Europeu pode restringir a negociação de passaportes no futuro, mas o CEO da Henley, Christian Kälin, continua implacável. Durante anos, sua empresa vendeu cidadanias para os ricos do mundo todo
Para um homem cujas realizações profissionais extraordinárias acabaram de ser declaradas ilegais pelo mais alto tribunal da UE, Christian Kälin parece desafiador.
"Se a Europa decidir retroceder, que retroceda. Mas o resto do mundo está avançando, e só há uma direção", disse Kälin, presidente do grupo Henley & Partners, uma empresa de consultoria sediada em Londres. A empresa desenvolveu e comercializou programas de venda de passaportes e autorizações de residência em mais de 40 países.
Este mês, o Tribunal de Justiça Europeu invalidou o programa de Cidadania por Investimento de Malta. Este programa permitiu que as pessoas adquirissem um passaporte maltês — e, portanto, a cidadania da UE — por um pagamento único de 600.000 euros e a compra ou aluguel de um imóvel. O TJCE concluiu que o programa desenvolvido em conjunto com a Henley “transformou a aquisição da nacionalidade numa mera transação comercial”.
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